sábado, 26 de setembro de 2020

Quem foi Odílio Fernandes Costa?

Odílio Fernandes Costa

Nascido 19 de março de 1928 no então arraial do Retiro, Odílio Fernandes Costa, era filho do Sr. Etelvino Fernandes Costa e da Sra. Felicidade Sofia Costa, naturais da Fazenda São Joaquim. Seu pai  teve 13 filhos, criados trabalhando como, lavrador, tropeiro, negociante, Juiz de Paz, Delegado de Polícia e importante líder político no antigo arraial do Retiro, hoje chamado Santo Antônio do Retiro que se tornou município em dezembro de 1995 pela Lei Estadual 12.030 de 21 de dezembro de 1995, desmembrando-se do município de Rio Pardo de Minas. 


Odílio Fernandes Costa, começou a trabalhar ainda cedo, aos 14 anos, ajudando seu pai no serviço da tropa. Fez também vários serviços de ida a Monte Azul e Salinas. Aos 16 anos se mudou para o estado de São Paulo, onde começou a trabalhar nas linhas de ferro de São Paulo — Parapuã e Tupã. Mudou-se para Londrina, no Paraná, onde ficou pouco tempo e retornou para São Paulo (capital), onde trabalhou como ambulante, vendendo caldo de cana, amendoim, dentre outros produtos. Logo mais tarde, começou a trabalhar cobrador de ônibus, onde nesse período, tirou carteira de motorista e tornou-se motorista de ônibus.


Ao retornar para o arraial do Retiro depois de 10 anos, no dia 10 de junho de 1953 casou-se com Azeli Silva, filha de João Fernandes Ribeiro e Aurora Francisca da Silva e decidiu voltar novamente para São Paulo onde permaneceu por mais um ano.


Em torno de 1954, retornou para terra natal e comprou um caminhão, no qual fazia transporte de mercadorias de Rio Pardo de Minas, para o povoado de Barra da Alegria, Indaiabira e redondezas. Viveu até o ano de 1959 no arraial quando se mudou para o povoado de Barra da Alegria, onde morou por 9 anos e em Montes Claros por mais 7 anos. Em 1975 mudou-se para Rio Pardo de Minas, definitivo, onde abriu um armazém — o “Armazém São José”, onde hoje é prédio de Geraldo Bastos.

Enquanto desenvolvia suas atividades econômicas e políticas, foi sócio da Cooperativa Agropecuária de Rio Pardo de Minas e da Cooperativa Regional de Montes Claros e também vice-presidente do Sindicato Patronal Rural no decorrer dos anos. Se tornou vereador por dois mandatos seguidos, na 31.ª Câmara Municipal em 1959 como prefeito Aderval Costa e vice Celcino Costa e na 32.ª em 1963 tendo como prefeito Jovelino Pinheiro da Cruz e Aderval Costa como vice-prefeito. Em 1976 candidatou-se a Prefeito de Rio Pardo de Minas e foi eleito por 2.862 votos - foi seu vice Décio Martins Costa - defendendo a legenda da Arena que foi extinta. Daí então, filiou-se ao PDS (Partido Democrático Social), criado por José Sarney, Jarbas Passarinho, Abreu Sodré, Armando Pinheiro; no qual também foi extinto em 1993.


Dentre seus vários benefícios e atividades prestadas ao município rio-pardense, participou do término da construção da igreja Nossa Senhora da Conceição, por 22 anos; construiu o prédio que abriga o Fórum, em Rio Pardo de Minas; construiu mercados municipais em várias localidades como: Vargem Grande, Barra da Alegria e Santo Antônio do Retiro, um anexo ao mercado Municipal da Sede; construiu vários cemitérios, distribuídos em Santo Antônio do Retiro, Fazenda Caiçara e Montezuma, tendo ainda reformado o velho cemitério de Montezuma; em parceria com a Copasa, implantou remodelação e extensão da rede de água na sede; levou a rede de distribuição de água, por gravidade, aos distritos de Serra Nova, Santo Antônio do Retiro e Montezuma, e ao povoado de Vargem Grande. Construiu 15 grupos escolares e ainda reformou 3 grupos estaduais na zona rural, com recurso da própria Prefeitura Municipal; levou extensão de séries, de 5.ª a 8.ª, para os distritos de Santo Antônio do Retiro e Montezuma; conseguiu extensão para a sede, em escola mantida pelo estado; implantou, energia elétrica em parte da Cidade Alta, Vila JK, e nos distritos de Santo Antônio do Retiro, Indaiabira e Montezuma; adquiriu uma camioneta C-10 e um automóvel da marca Fiat, para uso do executivo; em convênio com o DER foi construído um Balneário no distrito de Montezuma, contando então com um Hotel de nível turístico, 4 piscinas e 6 banheiros; criou linhas de ônibus ligando Rio Pardo a Montes Claros e Rio Pardo ao Balneário de Montezuma.


No ano de 1982, quando ainda estava na administração municipal, foi-lhe constatado um tumor maligno no intestino grosso e procurou tratamento até na capital Belo Horizonte, mas sem sucesso. Faleceu ainda Prefeito, sem terminar o mandato, em 18 de janeiro de 1983, aos 55, em sua residência em Montes Claros onde seu vice o Sr. Décio Martins Costa, assumiu a prefeitura.


  


Odílio Fernandes Costa [✝︎ 18 jan. 1983]


Referências:


ÂNGELIS, Newton de. Efemérides Riopardenses: 1698 – 1972. Rio Pardo de Minas: R&S Arte Gráfica de Salinas, 1998. 4v.


História de Santo Antônio do Retiro/MG. Disponível em <http://santoantoniodoretiro.mg.gov.br/historia-da-camara/> Acesso em 26 set. 2020

PARDINHO, Eleandro. [Monografia Histórica e Genealógica de Santo Antônio do Retiro – Minas Gerais (1783 – 2013)]. [Manuscrito].



quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Manoel José da Mata

Manoel José da Mata

Na Faz. Tabocas, município de Pindaí-BA, em 25 de fevereiro de 1932, nasceu na Manoel José da Mata, filho de Belarmino José da Mata e Aureliana Alves Barbosa. Chegou em Rio Pardo em 1939, com apenas 7 anos de idade, em companhia de seus pais e irmãos.

Estudou no Grupo Escolar José Cristiano e Ginásio Municipal. Muito esforçado, enfrentou serviços humildes e pesados, como a lavoura manual, conservação de estradas de rodagem, ajudante de pedreiro, sapateiro, seleiro de destaque e músico, fazendo parte da banda local. Aos 19 anos, casou-se com Geralda Majela Chaves, filha de Clemente Chaves e Ambrosina Ribeiro, tradicional família e de antigos ancestrais aqui residentes.

Em dezembro de 1951, convidado pelo Juiz a Paz do Distrito de Montezuma, foi nomeado Escrivão de Paz e Tabelionato daquela Vila, onde permaneceu por 8 anos até assumir provisoriamente o Cartório do 1º Ofício. Trabalhou com Sr. Jovelino Pinheiro da Cruz, então prefeito, onde veio pedir exoneração pois teria admitido por concurso no Serviço Cooperativo de Saúde, sendo transferido para Sabinópolis, onde trabalhou dois meses, pediu exoneração e voltou para o município novamente. Em abril de 1967, foi nomeado Secretário Chefe do Gabinete do Pref. Tácito de Freitas Costa. Pouco mais de um mês foi designado para os cartórios de 1°, 2°. Ofícios e Eleitoral, durante o afastamento da titular, D. Adalina Avelino Veloso. Em 1969, aprovado em concurso para o Cartório do 2°. Ofício e depois nomeado 2°. Tabelião e Escrivão do Cível.

Foi Prefeito Municipal em 1970, elegeu-se para o mandato de 2 anos com posse em 1971. Deixou marcos indeléveis: comemoração do centenário; participação da abertura da estradas; escolas na Faz. Mato Grosso, Palmeira e Pintado; mercado de Montezuma e ampliação do de Indaiabira; nova iluminação elétrica da cidade: e fundou o Sindicato Rural do Município.

Sempre elogiado por todos foi ótimo esposo e exemplar pai de família. Deixou os filhos: José Aparecido da M.Chaves; Manoelita Chaves da Mata; Hélio Eustáquio da M.Chaves; João Hilton da M.Chaves; Marionita Chaves da Mata; e Maristela Chaves da Mata.

    

Ref. DNGELIS, Côn. Newton de. Efemérides riopardenses: 1698-1972. 4 v. Salinas: R&S Arte Gráfica, 1998.

Fotos: Elisama Chaves/Jaqueline Silveira (Facebook)

Publicação: https://www.instagram.com/p/CFXo7wcMHQl/

Quem foi Arlindo Dias Silveira?

Arlindo Dias Silveira
Arlindo Dias Silveira foi um dos desbravadores do município de Rio Pardo de Minas. Nasceu em 16 de ago. 1907 no distrito de Serra Nova, filho de Donélio Henrique Dias e Felicidade Dias Silveira. Seu pai foi professor municipal em 1901, escrivão da paz em 1992 e residia na Faz do Bonito, no qual veio a falecer 1912, daí então passaram a residir na Faz Bonito Velho, próximo ao distrito. Fora do lar, aos 17 anos de idade, era o encarregado de serviços e negócios da família e ainda estava a terminar o primário escolar. Chegou a se mudar para o estado de São Paulo para trabalhar em lavoura. Em Serra Nova, no dia 15 de agosto de 1930, com 22 anos, 1 dia antes de seu aniversário, casou-se com Regina Mendes Silveira, nascida em 10 de novembro de 1911, que teve 13 filhos. 1 — Terezinha Mendes Maciel; 2 — Nair Mendes Batista; 3 — Moacyr M. Silveira; 4 — Irany S. de Araújo; 5 — Jurandy M. S; 6 — João de Deus S; 7 — Maria da Trindade S. Costa; 8 — Maria José S. Machado; 9 — Geralda Antônia de Pádua S; 10 Maria Regina S. Souto; 11 — José Maria S; 12 José Geraldo S; 13 — Fátima Aparecida S. Ferreira.

Negociante de tecidos e armarinhos nesta praça desde 1933, se tornou o 2º Juiz de Paz em 1947, logo mais no dia 8 de dezembro, instala-se a 28ª Câmara Municipal que tomara posse a 1° jan 1948 onde se tornou vereador, se elegendo também como Presidente da Câmara sendo vice-presidente, Osório Batista e secretário Elviro Gomes de Aguiar; até completar o mandato até 31 dez. 1951. Se tornou novamente Juiz de Paz em 1953, 1959, 1967 e 1970, no qual no dia 15 jun. 1970 assumindo o cargo de Juiz de Direito substituto, no lugar de Jovelino P. da Cruz. Foi Vice-prefeito, posteriormente prefeito no qual, concluído o mandato deixando a ponte do Rio Preto como uma das obra principais do seu governo, dentre conclusão de diversas obras importantes como também a inauguração da energia, melhoramento de diversas estradas e outras importantes obras.




Arlindo Dias Silveira [✝︎ 18 jan. 1991]


Ref. DNGELIS, Côn. Newton de. Efemérides riopardenses: 1698-1972. 4 v. Salinas: R&S Arte Gráfica, 1998.
Fotos cedidas por: Jailson Silveira (@jailsonsilveira81 )

Edição: Cleidimar Viana dos Santos

Quem foi José Viana de Souza?

Este homem na foto se chamava José Viana de Souza, mais conhecido como Teco. Casou-se com Próspera Antunes de Freitas, filha de José de Freitas Lima, conhecido como Zé da Chácara. Em alguns relatos, vindo da Barra da Alegria, hoje comunidade de Indaiabira-MG, Teco morou muitos anos da sua vida na Faz. Sobrado. Homem forte, trabalhador, valente, extremamente exigente, porém muito caridoso. Sustentou a sua família toda trabalhando como açougueiro, onde os filhos mais velhos depois de um tempo, começaram a ajudá-lo no transporte das carnes em carro de boi da comunidade do Sobrado até a cidade. Apesar de ter morrido cedo, com menos de 55 anos, deixou muitos herdeiros do seu sobrenome, principalmente no Sobrado. Deixou os filhos, Geraldo Viana, Eurico Viana, José Primo Viana, João Viana, Amílcar Viana, Ramira Viana, Tereza Viana, Luzia Viana, Rita Viana, Efigênia Viana e Maria Viana (gêmeas), Geralda Viana(Santinha). Alguns receberam o sobrenome “Viana de Souza”, e outros somente o “Viana”. Gostava muito de andar num bom cavalo. Muitos de seus descendentes não sabem de sua história nem origem. Seus ensinamentos, suas palavras, seus esforços, seu trabalho e exemplo; para sempre farão eco nas vidas dos que ficaram e ainda dos que virão. 
 Ele também foi um rio-pardense, que de uma forma ou de outra, contribuiu para o crescimento e história desta cidade, mesmo que seja com gestos pequenos e simples.  

José Viana de Souza [✝︎ 1960] Foto cedida por Joelma Ap. Viana dos Santos (@joviana1969) #riopardodeminas #minasgerais🔺 #historia

Edição: Cleidimar Viana dos Santos